
A vitória sobre o Bragantino, no último domingo, trouxe ao Fluminense tranquilidade, após cinco jogos sem vitórias, e a esperança pelo retorno do bom futebol que marcou a equipe há quase um ano. Mas para virar a chave e saber que, de fato, reencontrou o caminho certo, o time do técnico Fernando Diniz será desafiado pela maior pressão existente na América do Sul. Ao menos em termos de arquibancada. Diante do River Plate, às 21h30 (de Brasília), irá encarar mais de 86 mil torcedores no Monumental de Núñez, que sonha em bater seu recorde de público na História.
Além de ter a possibilidade vencer mais uma vez um gigante sul-americano — desta vez dentro da casa dele —, o Fluminense joga para garantir a classificação antecipada às oitavas de final da Libertadores. Se vencer ou empatar, garantirá a vaga para a próxima fase. De quebra, pode eliminar o River Plate com uma rodada de antecedência — também é preciso que o The Strongest-BOL vença o Sporting Cristal-PER, em La Paz, no outro jogo do grupo.
A presença de 86 mil torcedores só será possível graças a uma liberação conseguida pelo River Plate às vésperas da partida. No último domingo, o torcedor Pablo Marcelo Serrano faleceu após despencar da arquibancada mais alta do Monumental de Núñez durante partida contra o Defensa y Justicia, pelo Campeonato Argentino. O Ministério Público argentino ordenou o fechamento do setor para a investigação, mas o clube conseguiu apresentar todos os protocolos de segurança a tempo para que a liberação acontecesse ainda na Libertadores.
Para o River, o público é importante devido ao clima criado pelas próprias arquibancadas. Por conta do 5 a 1 aplicado pelo Fluminense na partida de ida, no Maracanã, há um ambiente de revanche para esse “jogo de volta”, inflamado pelos torcedores, que cobram uma resposta do time, da imprensa argentina, que pressiona o técnico Martín Demichellis, e até mesmo da comissão técnica do comandante, que quer recuperar o prestígio.
Curiosamente, a partida no Maracanã marca o último “grande jogo” do Fluminense com o técnico Fernando Diniz. Desde então, o clube acumulou tropeços ou triunfos que não encheram os olhos do torcedor.
A seu favor, o Fluminense tem uma escrita: o tricolor defende uma invencibilidade de 59 anos contra o River Plate. A última derrota aconteceu em 1964, no Torneio Cidade de Bogotá. Desde então, foram seis jogos, com três vitórias tricolores e três empates.
Para a partida, o Fluminense terá o zagueiro Nino, que, apesar de substituído no último domingo diante do Bragantino, foi relacionado e viajou com a delegação para Buenos Aires. Por outro lado, o lateral-esquerdo Marcelo e o atacante Keno não estão na relação e serão desfalques. A presença deles segue sendo dúvida até para o duelo contra o Goiás, no próximo domingo, pelo Brasileirão.
Fonte: Ge